Comida de pai: já está na hora de consolidar essa ideia

Comida de pai: já está na hora de consolidar essa ideia
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Por Rita Lobo - 31 de julho de 2017


Faltam duas semanas para o Dia dos Pais. E queremos que aí, na sua casa, a data seja celebrada com um belíssimo almoço. Por isso, vamos fazer o que sabemos fazer melhor aqui no Panelinha: sugerir receitas. Antes de ajudar você a montar esse cardápio tão especial, quero voltar no tempo, coisa pouca, só uns meses.


Todos os anos, no Panelinha, a gente pensa bastante em como vai tratar o Dia das Mães. Nas reuniões de pauta, sempre alguém fala de uma receita que aprendeu a preparar com a mãe, de comida de mãe, de receitas que lembram as mães. Memória afetiva e herança culinária costumam ser marcas fortes da data para muitas pessoas. Mas sempre tem um outro lado, o das pessoas que, como eu, não aprenderam a cozinhar com a mãe.


A geração da minha mãe abandonou as panelas para conquistar o mercado de trabalho. Por isso, a expressão 'comida de mãe' não tem esse significado de herança. E sei que não estou sozinha nessa: muitas pessoas cresceram com a mãe trabalhando fora, bem longe da cozinha.


Talvez por isso, este ano, a gente tenha resolvido trocar o sujeito da ação: em vez de querer saber qual receita as pessoas aprenderam com a mãe, perguntamos qual receita você queria ensinar para o seu filho – e, mais do que isso, qual legado culinário você quer passar adiante.


É que aqui, cá pra nós, não vemos mais sentido em receita de mãe. Não porque a gente não goste de receita de mãe. Logo mais estreia a temporada #ReceitaComMemória do Cozinha Prática no GNT, em que levei o conceito de receita de mãe ao extremo. Fiz um programa inteiro dedicado à gemada que minha mãe preparava para os meus irmãos e eu quando éramos pequenos.


Vem aí: Receitas com memórias


O ponto em que quero chegar é que não faz mais sentido que as memórias sejam só da comida de mãe, porque a cozinha tem que ser de todos da casa. Espero que as próximas gerações também tenham memórias afetivas da comida de pai.


A pergunta que venho provocando em todas as plataformas de conversa é: de quem é responsabilidade da comida na sua casa? Se a resposta for o nome de uma pessoa só, está na hora de parar para repensar. Ou melhor, para dividir. Sem uma divisão de tarefas de forma estruturada não dá. É só quando a alimentação vira assunto de todos na casa que é possível garantir comida de verdade na mesa todos os dias. Essa é a única maneira de evitar a comida comprada pronta, ultraprocessada, que estraga a saúde e o paladar.


Não basta ser pai, tem que participar, ops, cozinhar!

Então, bonitão, vamos escolher uma receita para você entrar na cozinha? Ah, você já é o cara que entendeu que homem não ajuda, homem participa, divide, planeja junto? Parabéns, de verdade. De verdade, mesmo.


Conta pra mim como vai ser esse almoço? Eu tenho algumas sugestões aqui. E se você aceitar alguma delas e levar as crianças para a cozinha para botar a mão na massa em família, posta no Instagram seguindo as regras do #DesafioPanelinha. O autor da foto mais legal (e sua história também), ganha o livro da Editora Panelinha que quiser, autografado por mim.

Veja como participar!