Comida de bebê: e o tempero?

Comida de bebê: e o tempero?
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Por Alimentação Saudável - 29 de novembro de 2017


Ervas, as especiarias e os legumes aromáticos, como cebola e alho, geralmente refogados em azeite criam novas camadas de sabor com as diferentes combinações e ajudam a apresentar aos bebês um conceito fundamental: comida boa é variada e saborosa.


Vale lembrar que as ervas frescas são a melhor opção, porque têm sabor mais suave do que as secas. Mas nada de picância nessa primeira fase! Pode guardar as pimentas, a páprica picante e o curry.


Estes temperos valem

Ervas frescas - salsinha, cebolinha e coentro picadinhos podem finalizar os pratos; já tomilho, alecrim e sálvia devem usados no preparo, porque ficam melhores quando passam por algum método de cozimento.

Especiarias - páprica doce (cuidado para não usar a versão picante!), cominho, canela (inclusive em preparações salgadas), cúrcuma e noz-moscada são ótimos de ter na despensa para usar no dia a dia.

Legumes aromáticos - cebola e alho são os primeiros que vêm à cabeça na hora de fazer o refogado do arroz, do feijão e dos ensopados, mas vale refogar salsão, cenoura e alho-poró em azeite para criar mais uma camada de sabor.

Assista a série 'Comida de Bebê' no YouTube

E o sal?

Se a recomendação com ervas e algumas especiarias é a de usar à vontade, com o sal o cenário é bem diferente. O sódio, que é um dos principais componentes do sal, é importante para a saúde porque regula a pressão arterial. Mas os brasileiros consomem muito mais sal do que deveriam, e esse excesso está relacionado ao aumento da hipertensão arterial e ao risco de acidente vascular cerebral e do desenvolvimento de doenças renais. A Organização Mundial da Saúde recomenda uma ingestão máxima de 2 g de sódio por dia. Por aqui, os dados mais recentes mostram que chegamos a alarmantes 4,7 g por dia.


Vale lembrar que quem consome produtos ultraprocessados muitas vezes está ingerindo sal sem saber, mesmo em alimentos doces. Na maioria das barrinhas de cereal comerciais, por exemplo, você vai encontrar sal entre os ingredientes listados no rótulo.


No caso dos bebês, a quantidade de sódio necessária é tão pequena que eles podem obter tudo o que precisam dos alimentos in natura. O Ministério da Saúde indica o uso do sal com moderação. Já a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que não seja usado. Mas, do ponto de vista culinário, o uso correto do sal não tem a função apenas de salgar a comida.


O sal serve também para misturar os sabores dos alimentos da preparação — é por isso que comida sem sal não tem graça! E não adianta salgar a comida direto no prato. As quantidades serão maiores e sem o mesmo efeito.


No livro Comida de Bebê, optamos por indicar em todas as receitas a quantidade de sal que você pode usar para temperar a comida, considerando o que vale para o bebê. Vai ser uma oportunidade para cuidar da saúde de todo mundo, recalibrando o uso do sal para a família toda.

Comida da família

A introdução alimentar de um bebê pode ser o incentivo que faltava para melhorar a alimentação de uma família inteira. Claro que não faz sentido cozinhar o arroz, o feijão, o frango e a abobrinha para o bebê e servir uma lasanha congelada e um copo de refrigerante para o resto da casa. Mas também não faz sentido cozinhar uma refeição para a família e outra refeição para o bebê. Com alguns ajustes e truques, dá para cozinhar de uma vez só para todos e assim deixar mais saudável a alimentação de todos.

E mais: com planejamento, não é preciso cozinhar todos os pratos do zero em todas as refeições. Essa é a hora de priorizar o assunto alimentação, investir um pouco de tempo e descobrir que preparar a própria comida pode ser, além de muito mais saudável e econômico, um processo prazeroso para todos os envolvidos.