Cozinha Prática: costelinha mediterrânea

Cozinha Prática: costelinha mediterrânea
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Por Rita Lobo - 24 de agosto de 2015


Talvez você já tenha até preparado a receita que apresento esta semana no Cozinha Prática. (Talvez você não seja tão freguês assim aqui do Panelinha e a costelinha mediterrânea tenha passado batido.) Mas ela é tão especial, e ao mesmo tempo fácil de preparar, que não poderia ficar fora do programa. Principalmente porque tanto ela, como o acompanhamento, rendem sobras valiosíssimas, que se transformam em novas refeições num piscar de olhos.

Veja aqui a receita da costelinha de porco com molho mediterrâneo de tomate

Imagine um molho de tomate que leva vinho tinto na composição e é temperado com (vou até colocar dois pontos porque a lista é longa): semente de erva-doce, páprica defumada, pimenta calabresa seca, tomilho, louro e casca de limão siciliano. Deu pra sentir o perfume? O ar merditerrâneo da receita?

Sabores mediterrâneos
Essa combinação de sabores riquíssima talvez cause uma certa estranheza nas pessoas que não me conhecem por aqui, só pela televisão – no programa, sempre tento simplificar as preparações. Mas, de vez em quando, dá vontade de preparar algo mais elaborado, não dá? Especialmente sabendo que o tempo e os ingredientes investidos na receita vão render pelo menos três refeições. E, apesar de levar várias especiarias, e vinho, a costelinha não custa muito.

(Dica nada a ver com o post, mas tudo a ver com os sabores: se você gosta de ler em inglês, dá uma olhada no livro ‘A Middle Eastern Feast’, de Claudia Roden. Saiba mais aqui.)


Voltando ao programa, pra dar aquela contrabalançada na costelinha, o acompanhamento vai ser pra lá de simples. Sabe o que é quirera, quirerinha ou ainda quilerinha? Sim, aquele milho quebradinho que a gente dá pra passarinho comer. Pois é, essa canjiquinha, como também é conhecida, não perde em nada para a polenta – dá até pra dizer que seja a polenta brasileira. E, servida com carne de porco, forma a combinação perfeita para receber amigos, ou parentes, bons de garfo.

Ainda sobre a costelinha, no programa você vai ver um monte de alternativas de temperos no quadro “pode trocar” (são aqueles stop motions fofíssimos que mostro enquanto preparo a receita). Desta vez, as sugestões são pra você fazer substituições, caso não tenha ou não goste de algum dos ingredientes. Dá, por exemplo, para trocar o vinho por um caldo caseiro de legumes ou de carne, o tomilho por alecrim, a pimenta calabresa por dedo-de-moça, a páprica defumada pelo cominho, a erva-doce por anis-estrelado… E mais: o teste é livre. Aliás, você pode muito bem se apropriar da receita e acrescentar os temperos que mais tenham a ver com o seu jeito de cozinhar.

No entanto, uma coisa não dá pra mudar: a costelinha tem que ser in natura. Ou seja, pode ser congelada ou não, desde que não seja temperada! Porque comida temperada na fábrica, minha gente, não dá.

E a marmita?
Calma! Ainda tem transformação: o que sobrar da quirerinha, pode espalhar na fôrma e levar para a geladeira; no dia seguinte, é só cortar em triângulos e grelhar. Sirva com salada, com legumes grelhados, refogados, com azeitonas… No programa, vou mostrar duas opções. Já as sobras da costelinha vão ser desfiadas e viram um ragu a jato. Coloque dentro do pão francês e tá feito um sanduíche de carne supersaboroso, que você pode levar pro almoço. É marmita fina, minha gente! Fina e muito saborosa.

Veja as receitas do programa e se programe para cozinhar:
- Costelinha de porco com molho mediterrâneo de tomate
- Canjiquinha cremosa com queijo meia-cura
- Canjiquinha grelhada com cogumelos
- Canjiquinha grelhada com folhas verdes
- Sanduíche com ragu de costelinha


Fotos: Gilberto Oliveira Jr. / Editora Panelinha