Conheça a chef patissier Vivianne Wakuda
Por Rita Lobo - 07 de setembro de 2021
Vivianne Wakuda é craque da confetaria yogashi, a versão japonesa da tradicional confeitaria francesa. Perguntei para ela se havia alguma explicação para o fato de os japoneses terem criado uma confeitaria tão sofisticada a partir dos preparos clássicos. "Tem a ver com a cultura asiática, que é muito exigente, tem a ver com persistência. Os japoneses acreditam que mesmo que você faça uma receita centenas e milhares de vezes, sempre tem um ponto a melhorar."
Há mais de dez anos, todos os dias, ela prepara choux cream, a versão japonesa da éclair. Foi com essa receita que a Vivi conquistou a cidade de São Paulo. É incrível poder ver a destreza da pessoa que prepara uma receita todos os dias.
Vivi contou que começou a cozinhar cedo, para ajudar em casa. Preparava as refeições para os irmãos e foi pegando gosto. Mas foi só na faculdade de gastronomia que começou a descobrir a confeitaria.
"Gostei muito daquele estilo mais preciso."
Naquela época (Vivianne se formou em 2007), porém, ela ainda não pensava em se dedicar aos doces. Foi um estágio no Japão que mudou isso. Após se formar, a chef conseguiu uma bolsa de estudos patrocinada pelo governo japonês e morou na cidade de Fukui, centro do Japão. Lá, ela trabalhou na confeitaria mais antiga da cidade, a Osomen-ya, funcionando há mais de 300 anos. A casa começou como uma loja de somen, macarrão branco e muito fino, consumido frio, e com o passar dos séculos se especializou em doces dos estilos yogashi e wagashi (a doçaria tradicional).
Além da choux cream, ela prepara bolos incríveis, dos simples (fofíssimos) aos decorados (delicadíssimos, com flores e frutas). Vale a pena conhecer o trabalho dela!