#NatalPanelinha: o que fazer com as sobras do peru?

Você já sabe dos meus sentimentos em relação ao peru, né? Meus sentimentos, mesmo, porque para mim ele morreu. Quer dizer, se ele está na ceia, é óbvio que já morreu. Mas o que estou querendo dizer é que, como não existe mais no mercado peru sem tempero pronto, ele não faz mais parte da ceia lá de casa.

No entanto, não vou dizer o que você deve ou não servir na sua casa… Pelo contrário: no Panelinha testamos algumas maneiras para amenizar o tempero pronto no peru. Dá certo? Mais ou menos. Mas ajuda lavar e deixar de molho na água (algumas vezes) antes de assar. Clique para ver a receita do peru de Natal com recheio de abacaxi Comer tempero pronto uma vez por ano não teria problema nenhum, salvo o sabor, que é de lascar de ruim – eu não suporto. No meu caso, e na minha casa, é uma questão conceitual: me recuso a compactuar com essa imposição da indústria. Eu só queria comprar um peru congelado e fazer meu próprio tempero! É pedir muito? Sei, porém, que eu sou a exceção. Muita gente usa no dia a dia caldo industrializado para temperar o arroz, o feijão, a sopa… Logo, não vê problema algum no raio do peru empanturrado de tempero pronto. Pois bem, se você faz parte do grupo que não abre mão do peru de Natal, vamos resolver a questão das sobras.

O repeteco da ceia no almoço do dia 25 é tradicionalíssimo, mas isso não significa que você deve servir exatamente o mesmo cardápio, nem quer dizer que o novo menu tenha que dar muito mais trabalho. Se você é nosso freguês, já sabe que reaproveitamento é apenas uma questão de planejamento. Passamos uma temporada inteira do Cozinha Prática falando do assunto; não ia ser no #NatalPanelinha que a gente ia deixar as dicas de economia doméstica de lado!

Então vamos combinar um combinado? Eu vou sugerir aqui duas receitas de reaproveitamento, você escolhe uma delas e se planeja para o almoço do dia 25 com antecedência, assim não tem correria, nem babado, nem confusão.


Reaproveite!
Uma boa opção é a salada de macarrão à parisiense (na foto, embaixo). E, importante!, fácil de preparar: é só desfiar o que sobrou da ave, cozinhar um pouco de massa, acrescentar ervilhas congeladas, misturar um pouco de creme de ricota (e não maionese, olha que leve!) e finalizar com umas tiras de alho-poró douradas no azeite. Pitada que faz diferença: retire a massa do fogo um minuto antes do indicado na embalagem, assim ela fica com a textura perfeita para a salada, que pode ser servida morna ou fria (menos trabalho ainda).


A outra sugestão é uma salada oriental. A receita de bifum com peru desfiado também leva pepino japonês, pimenta dedo-de-moça e coentro (na foto, acima). E ainda tem um molho de amendoim, shoyu e limão que é um caso à parte… É ele que dá o sabor asiático ao prato, que fica com nada de cara de já-te-vi. Esta preparação é ainda mais rápida: o bifum (aquele macarrão fininho feito de arroz) cozinha em poucos minutos, só de entrar em contato com água fervente – tipo noodles, só que uma versão saudável. Ela também pode ser servida morna ou fria. É, meu amigo, minha amiga, praticidade é nosso lema!


Fala a verdade: com essas receitas, ninguém vai lembrar que o peru de hoje é o mesmo de ontem. Criatividade + planejamento = sabor e tempo de sobra!


Fotos: Editora Panelinha / por Ricardo Toscani