Prato claro, prato escuro
Por Rita Lobo - 20 de janeiro de 2012
Acho que este janeiro está sendo o mais corrido da minha existência. Benzadeus. Até a Sandy, my personal home assistant, caiu no samba. Meus filhos estão de férias, viajando, mas não estão com Luiza no Canadá, tá? E eu estou escrevendo os roteiros do Cozinha Prática, a minha série de televisão, que estreia em abril no GNT. E, claro, continuo testando receitas, selecionando produção e fazendo tudo que está ao meu alcance para facilitar a sua vida na cozinha.
Já a minha vida complicou. Resolvi fazer graça para os meus filhos, antes de irem viajar, e deixei que eles comprassem um coelho, cada. Dois dias depois eles iriam para a Rio e levariam os coelhos com eles. Adivinha se os bichinhos embarcaram?
Eu estou cada dia mais apegada aos orelhudos. Orelhudas, na verdade. Elas são lindas. Encantadoras. Mas você acha que faz algum sentido ter duas coelhas num apartamento em São Paulo? Não faz. Alguém vai ter que levá-las de carro. E eu já estou sofrendo.
Coloquei uma fotinho delas no Instagram e logo alguém tirou onda dizendo que elas iriam para a panela. Sabe que nunca comi coelho? Para mim, eles são bichos de estimação – pena que as companhias aéreas não concordam comigo.
Já na cozinha, estou obsessiva com frango assado. Nem sei quantos eu já assei desde o fim de dezembro. Isso porque no Natal fiquei compulsiva com peru. Aí, depois do dia 24, transferi a minha obsessão para a outra ave.
E é curioso olhar para o coelho e pensar que o frango é tão bicho quanto ele, mas vai para o forno. Não sou vegetariana, mas entendo perfeitamente as pessoas que são por compaixão aos animais.
Por outro lado, acho que um frango assado é um símbolo da mesa da família. Minha bisavó fazia, minha avó também... Bem, não me lembro de a minha mãe assando um frango, mas ela fazia gemada como ninguém. Ainda faz. E só. Cozinha não é o forte dela. Minha mãe é dos livros. E acho que herdei um pouquinho disso dela.
Então fiz frango assado das mais variadas maneiras. Cada uma tem a sua qualidade. Mas achei uma preparação que é das minhas favoritas. Um frango sabor frango. A cozinha é incrível por isso: ela é dinâmica – e quem dá abertura está sempre aprendendo. Por sorte, parte do meu trabalho é esse, não parar de buscar maneiras mais práticas de chegar ao melhor sabor. E também de achar pratos, sabores e apresentações que agradem a você. Quando estou em dúvida, sabe o que eu faço? Pergunto.
Depois que cheguei a uma receita do jeito que eu queria de frango, resolvi montar um prato com polenta mole. Mas qual prato fica mais bonito: o claro ou o escuro? Lá fui eu para as mídias sociais, Instagram, Facebook e Twitter perguntar a sua opinião. Muita gente comentou. E sabe qual o resultado? Você vai ver em abril, num dos episódios do programa.
Até lá, quem quiser pode me ajudar na escolha de receitas e produções respondendo às perguntas que eu posto no Facebook. Vou adorar a sua colaboração. Assim, de alguma maneira, você também participa comigo dessa Cozinha Prática.