Paladar educado
Por Rita Lobo - 03 de abril de 2008
Hoje pela manhã subi na balança e me dei conta de que continuo com o mesmo peso de oito anos atrás. E antes que você pense que este post trata-se de um golpe baixo, e que quero convencer você de que o Panelinha não engorda, vou logo avisando que este site não emagrece. Mas não pude deixar de pensar que a minha alimentação e também as receitas aprovadas pelo Panelinha foram ficando cada vez mais saudáveis.
Sou filha de pais magros, mas durante o período do curso de gastronomia, que fiz em Nova York, engordei 6 quilos em menos de seis meses. Isso prova que mesmo o metabolismo de uma pessoa sem “tendência” a engordar não agüenta excessos constantes. Até meus dedos ficaram inchados! Mas juro que não estou cuspindo nos pratos que comi. Todos eles foram importantes para a formação do meu paladar. Posso dizer que, durante aquele ano, comi tudo, mas tudo que tive vontade. Aperitivo, entrada, prato principal, sobremesa, cafezinho. E grappa de vez em quando. Ah, os vinhos...
Naquela época, o meu interesse era apenas um: sabor. Na hora de comer, e também de cozinhar. Se com bacon a comida fica mais saborosa, por que não? Mas os anos foram se passando, os filhos vieram, e comida deixou de ser fonte de prazer, apenas, e virou fonte de saúde. Sem abrir mão do sabor, claro.
Os croissants deram lugar a uma saborosíssima variedade de pães integrais, com linhaça, com gergelim, até focaccia. As saladas de grãos começaram a brotar no cardápio da minha casa. Muita lentilha, grão-de-bico, feijão de todos os tipos. E, naturalmente, as receitas do Panelinha também foram ficando mais saudáveis.
A verdade é que a educação do paladar nunca se conclui. E tudo passa pela consciência, pela razão. Fazemos escolhas, e o paladar acompanha. Ou, pelo menos, é assim que deveria ser. Hoje, acho que um paladar culto não é aquele que prefere ostras à salmão. Aliás, sinceramente, acho muito mais importante saber apreciar integralmente uma fatia de abacate que uma barra de chocolate de origem.
Sou filha de pais magros, mas durante o período do curso de gastronomia, que fiz em Nova York, engordei 6 quilos em menos de seis meses. Isso prova que mesmo o metabolismo de uma pessoa sem “tendência” a engordar não agüenta excessos constantes. Até meus dedos ficaram inchados! Mas juro que não estou cuspindo nos pratos que comi. Todos eles foram importantes para a formação do meu paladar. Posso dizer que, durante aquele ano, comi tudo, mas tudo que tive vontade. Aperitivo, entrada, prato principal, sobremesa, cafezinho. E grappa de vez em quando. Ah, os vinhos...
Naquela época, o meu interesse era apenas um: sabor. Na hora de comer, e também de cozinhar. Se com bacon a comida fica mais saborosa, por que não? Mas os anos foram se passando, os filhos vieram, e comida deixou de ser fonte de prazer, apenas, e virou fonte de saúde. Sem abrir mão do sabor, claro.
Os croissants deram lugar a uma saborosíssima variedade de pães integrais, com linhaça, com gergelim, até focaccia. As saladas de grãos começaram a brotar no cardápio da minha casa. Muita lentilha, grão-de-bico, feijão de todos os tipos. E, naturalmente, as receitas do Panelinha também foram ficando mais saudáveis.
A verdade é que a educação do paladar nunca se conclui. E tudo passa pela consciência, pela razão. Fazemos escolhas, e o paladar acompanha. Ou, pelo menos, é assim que deveria ser. Hoje, acho que um paladar culto não é aquele que prefere ostras à salmão. Aliás, sinceramente, acho muito mais importante saber apreciar integralmente uma fatia de abacate que uma barra de chocolate de origem.