Minha vida de menina
Por Rita Lobo - 28 de maio de 2007
Fernanda, minha cunhada, disse que leu um livro que é a minha cara. Minha mãe está adorando e alugou o filme este fim de semana. Eu nunca tinha ouvido falar em Minha vida de menina. Nem no livro nem no filme. As duas ficaram com os olhos arregalados. Parece que todo mundo já leu. Peguei o livro para dar uma folheada. E como todo livro que vejo pela primeira vez, antes de ler a orelha, abri uma página aleatoriamente e li, mas sem brincar de oráculo (tá bom, de vez em quando, procuro uma luz para as perguntas sem resposta na minha cabeça, mas somente em livros que eu já tenha lido). Li somente aquela página (tinha uma torta de ricota e um café fresquinho na mesa me esperando), mas achei o texto tão saboroso que resolvi transcrevê-lo para cá.
Mestra Joaquininha mora numa casa pegada com a nossa pelos fundos; o muro é o mesmo. Ela sempre deixa os cachos de banana ficarem amarelinhos para apanhar.
As bananeiras dão para o nosso quintal e eu vejo como eles apanham as bananas quando ficam maduras. Eles trazem um facão e um saco e trepam no muro, enfiam o cacho no saco e cortam em cima. Sem isso elas cairiam todas no nosso quintal.
Hoje fomos chegando para o almoço e mamãe nos disse: “Vejam lá no quintal a última arte do Chico”. Corremos e achamos o chão estrelado de bananas madurinhas. Mamãe disse: “Estou com vontade de apanhá-las e mandar para Dona Joaquininha. Ela vai pensar que foram vocês que cutucaram o cacho com bambu. Vocês não deixam de ter culpa porque foram vocês que ensinaram o macaco a fazer isso. Hoje eu estive reparando como ele fazia. Subiu no pé, comeu as que quis e parecia que sacudia o cacho para jogá-las para cá”.
Antes que mamãe as mandasse para a mestra, nós comemos bastante e escondemos o resto.
Se você também não conhecia o livro Minha vida de menina, de Helena Morley (pseudônimo de Alice Dayrell Caldeira Brant), mas também ficou com vontade de ler, dê uma espiada no site da Companhia das Letras. A torta de ricota, divina, comprei na Basilicata, marca mais conhecida pelo pão italiano. Mas isso é história para outro post.
Mestra Joaquininha mora numa casa pegada com a nossa pelos fundos; o muro é o mesmo. Ela sempre deixa os cachos de banana ficarem amarelinhos para apanhar.
As bananeiras dão para o nosso quintal e eu vejo como eles apanham as bananas quando ficam maduras. Eles trazem um facão e um saco e trepam no muro, enfiam o cacho no saco e cortam em cima. Sem isso elas cairiam todas no nosso quintal.
Hoje fomos chegando para o almoço e mamãe nos disse: “Vejam lá no quintal a última arte do Chico”. Corremos e achamos o chão estrelado de bananas madurinhas. Mamãe disse: “Estou com vontade de apanhá-las e mandar para Dona Joaquininha. Ela vai pensar que foram vocês que cutucaram o cacho com bambu. Vocês não deixam de ter culpa porque foram vocês que ensinaram o macaco a fazer isso. Hoje eu estive reparando como ele fazia. Subiu no pé, comeu as que quis e parecia que sacudia o cacho para jogá-las para cá”.
Antes que mamãe as mandasse para a mestra, nós comemos bastante e escondemos o resto.
Se você também não conhecia o livro Minha vida de menina, de Helena Morley (pseudônimo de Alice Dayrell Caldeira Brant), mas também ficou com vontade de ler, dê uma espiada no site da Companhia das Letras. A torta de ricota, divina, comprei na Basilicata, marca mais conhecida pelo pão italiano. Mas isso é história para outro post.