Fim de semana de pernas pro ar

Eu não sou muito dada a aperitivos – e a conversa aqui não tem nada a ver com a ‘polêmica do couvert’. Se bem que eu costumo recusá-lo, pelo mesmo motivo que não gosto muito de servir aperitivos em casa: eles matam a fome antes mesmo de o prato principal chegar. Uma coisinha para abrir o apetite, tudo bem. Mas pães, frios, queijos... Isso para mim é o jantar!

Acontece que, meus filhos – ah, os filhos –, amam beliscar. Biscoito de polvilho roubado da despensa, nacos de parmesão enquanto eu cozinho o macarrão, todos tomatinhos da salada. E, quando a fome aperta, quem resiste a uma comidinha que esteja à mão?

Nesse caso, é melhor deixar pepino, cenoura e salsão cortados em palitos, prontos para serem roubados da geladeira. Ótimo, aliás. Melhor comer do que não comer. Isso sim é um bom jeito de começar a refeição. Eu também costumo cozinhar ovinhos de codorna. Eles têm um ar retrô fofo, mas com molho rosê, na minha opinião, fica um pouco além da cota. Vira uma viagem no tempo. Eu prefiro salpicar com gergelim e servir com mostarda – de preferência de Dijon.

A questão é quando vêm os amigos, esperando por um jantar mais arrumado. Aí, sabe o que eu faço? Não sirvo nada. No máximo umas castanhas. Assim como as nossas avós, também acho que a fome é o melhor tempero. Mas ficar só nos aperitivos também é uma delícia! Estimula a conversa. E tem coisa melhor que papear com o seu amor com uma taça de vinho na mão? (Bom, até tem.)

O fim de semana vai ser frio, e eu não pretendo sair de casa à noite! (E talvez também não saia durante o dia.) Sabe quando você está precisando ficar sem fazer nada? Presunto cru, figos, pão, azeite e acho que esse vai ser um jantar. Quer dizer, para as crianças, crudités e um prato de espaguete que fique pronto num piscar de olhos. E chocolate para todos. Mal posso esperar.