Festa da uva
Por Rita Lobo - 25 de maio de 2008
Quando eu era criança, o critério mais importante para definir se um suco de uva era bom ou ruim era a espuma. Eu nem precisava experimentar. A jarra de casa era de vidro e, à medida que a empregada ia se aproximando da mesa, dava para saber se o suco estava bom ou não. Pelo menos um quarto do conteúdo tinha que ser daquela espuma rosada, quase lilás. Minha mãe comprava um suco concentrado e, em vez de apenas misturar com água, batia no liquidificador. O suco formava espuma, e, por algum motivo, ela era apetitosa para mim. Coisa de criança.
Naquela época, nada se falava sobre flavonóides e seus benefícios para saúde. A gente bebia suco de uva porque era gostoso (quando tinha espuma). Hoje sabe-se que tomar uma taça de vinho tinto ou um copo de suco de uva, para a saúde, dá na mesma. Há uma ou outra diferença – sendo que a principal é que dificilmente você vai dar vexame num jantar tomando suco de uva! (Para obter os benefícios dos flavonóides contidos no vinho, precisamos consumir quantidades que deixam a maioria das pessoas bêbadas.) Mas ambos previnem a oxidação do chamado colesterol ruim, responsável por formar as placas que entopem as artérias e causam as doenças coronárias.
Na trilha dos vinhos, surgiu a nova geração de sucos de uva. Eles são naturais, integrais, sem açúcar, sem conservantes e orgânicos. São gostosos e saudáveis. E, junto com eles, brotou nas prateleiras dos supermercados uma extensa variedade de sucos de uva que, contrariamente ao que se espera, não são ricos em antioxidantes e ainda contêm uma quantidade de açúcar capaz de fazer sofrer um paladar mais educado e atrapalhar os que ainda estão em formação. Sem falar nos conservantes, estabilizantes e todos os químicos que a gente nem sabe o que causam na nossa saúde a longo prazo.
Quais serão os sucos de uva, de fato, saudáveis? E, dentre eles, qual o mais saboroso? Para responder a essas perguntas, a nutricionista Marina Prieto se uniu à equipe do Panelinha e fizemos uma degustação de todas as marcas de sucos que encontramos nos três supermercados mais próximos ao Estúdio (Casa Santa Luzia, Pão de Açúcar e Dia). Ah, convidei também três pessoas importantíssimas para ajudar a escolher qual dos 16 sucos era o mais gostoso: meus filhos, Gabriel, 6 anos, e Dora, 3 anos, e a Bia, 5 anos, amiga deles, fanática por suco de uva.
Logicamente, as crianças acabaram não provando os sucos de todas as marcas (depois de 10 minutos, as meninas já estavam brincando de casinha e o Gabriel já tinha se apropriado da câmera fotográfica do Charles). Uma curiosidade: o meu filho se recusou a fazer a degustação às cegas, queria ver a embalagem antes de tomar o suco. Não resisti e aproveitei para fazer um teste. Mostrei a embalagem de uma bebida 100% artificial, do jeitinho que as crianças gostam, e dei um copinho com o mais natural de todos os sucos. O resultado? Dia 29, quinta-feira, eu conto tudo aqui no blog. Quer dizer, quase tudo. Não foi bem uma festa da uva, mas, definitivamente, a festa do suco de uva.
No fim da degustação, pedi ao fotógrafo, Charles (não o Gabriel), que fizesse uma imagem de cada uma das participantes. Paula, a mais nova da equipe, ficou um pouco tímida. Pra quê? Lá fomos Nina e eu fazer caras e bocas em frente a câmera para ela se soltar. Uma espécie de momento-curso-básico-de-modelo-e-manequim. “Procure a luz e posicione o rosto para ela, Paulinha. A pele fica mais bonita.” É, minha filha, não basta saber cozinhar, ainda tem que sair uma uva na foto!
Naquela época, nada se falava sobre flavonóides e seus benefícios para saúde. A gente bebia suco de uva porque era gostoso (quando tinha espuma). Hoje sabe-se que tomar uma taça de vinho tinto ou um copo de suco de uva, para a saúde, dá na mesma. Há uma ou outra diferença – sendo que a principal é que dificilmente você vai dar vexame num jantar tomando suco de uva! (Para obter os benefícios dos flavonóides contidos no vinho, precisamos consumir quantidades que deixam a maioria das pessoas bêbadas.) Mas ambos previnem a oxidação do chamado colesterol ruim, responsável por formar as placas que entopem as artérias e causam as doenças coronárias.
Na trilha dos vinhos, surgiu a nova geração de sucos de uva. Eles são naturais, integrais, sem açúcar, sem conservantes e orgânicos. São gostosos e saudáveis. E, junto com eles, brotou nas prateleiras dos supermercados uma extensa variedade de sucos de uva que, contrariamente ao que se espera, não são ricos em antioxidantes e ainda contêm uma quantidade de açúcar capaz de fazer sofrer um paladar mais educado e atrapalhar os que ainda estão em formação. Sem falar nos conservantes, estabilizantes e todos os químicos que a gente nem sabe o que causam na nossa saúde a longo prazo.
Quais serão os sucos de uva, de fato, saudáveis? E, dentre eles, qual o mais saboroso? Para responder a essas perguntas, a nutricionista Marina Prieto se uniu à equipe do Panelinha e fizemos uma degustação de todas as marcas de sucos que encontramos nos três supermercados mais próximos ao Estúdio (Casa Santa Luzia, Pão de Açúcar e Dia). Ah, convidei também três pessoas importantíssimas para ajudar a escolher qual dos 16 sucos era o mais gostoso: meus filhos, Gabriel, 6 anos, e Dora, 3 anos, e a Bia, 5 anos, amiga deles, fanática por suco de uva.
Logicamente, as crianças acabaram não provando os sucos de todas as marcas (depois de 10 minutos, as meninas já estavam brincando de casinha e o Gabriel já tinha se apropriado da câmera fotográfica do Charles). Uma curiosidade: o meu filho se recusou a fazer a degustação às cegas, queria ver a embalagem antes de tomar o suco. Não resisti e aproveitei para fazer um teste. Mostrei a embalagem de uma bebida 100% artificial, do jeitinho que as crianças gostam, e dei um copinho com o mais natural de todos os sucos. O resultado? Dia 29, quinta-feira, eu conto tudo aqui no blog. Quer dizer, quase tudo. Não foi bem uma festa da uva, mas, definitivamente, a festa do suco de uva.
No fim da degustação, pedi ao fotógrafo, Charles (não o Gabriel), que fizesse uma imagem de cada uma das participantes. Paula, a mais nova da equipe, ficou um pouco tímida. Pra quê? Lá fomos Nina e eu fazer caras e bocas em frente a câmera para ela se soltar. Uma espécie de momento-curso-básico-de-modelo-e-manequim. “Procure a luz e posicione o rosto para ela, Paulinha. A pele fica mais bonita.” É, minha filha, não basta saber cozinhar, ainda tem que sair uma uva na foto!