Drinquitos
Por Rita Lobo - 12 de novembro de 2010
Nunca fui ao Líbano, mas dizem que lá, no mesmo dia, é possível andar na neve das montanhas e, horas depois, tomar sol na praia. Vai ver que São Paulo está ficando parecida com Beirute. Só que sem praias nem montanhas. Verão insuportável pela manhã, frio nos ossos à tarde. E justamente quando estava um calor do cão, pedi aos meus fiéis amigos do Face ideias de drinques gostosos. Queria alternativas ao vinho nosso de cada dia. Aí, muita gente citou os clássicos. Blood Mary, Mojito “a la Hemingway”, que eu nem sei o que é, não o drinque, mas a versão do escritor. Do nordeste do veio uma ótima ideia: fazer uma caipirinha e colocar um picolé da mesma fruta no lugar do gelo, “já tem até o palitinho!”
Outro amigo sugere o Black Velvet: ½ parte de espumante, ½ parte de cerveja Guinness. Misture dedicadamente e sirva num copo alto e bem gelado. Nunca experimentei. A minha cunhada revela que já ganhou uma competição de coquetelaria com a seguinte criação: rum, xarope de rosas, soda ou água com gás, gelo e uma raminho de tomilho por cima para dar um toque. “Vai por mim que é bom, o próximo Cosmopolitan!” Mas ela não contou as medidas.
Uma amiga tira o álcool do cenário e recomenda: “Faça um suco de limão com folha de couve e gelo, é refrescante e uma delícia. Outra coisa que aqui em casa todos adoram é uma laranjada temperada como se fosse um quentão, porém fria. É bem interessante e original.”
Bom, o calor foi embora, mas o feriado chegou. Eu fui a um restaurante especializado em ceviches e tomei cerveja temperada com Tabasco, molho inglês e suco de limão. Sabe que fica bom? Mas, já que esfriou, vou voltar para a minha taça de vinho tinto. E, se fizer um calorzinho no feriadão, talvez eu prefira o bom e velho Bellini, que mistura néctar de pêssego com espumante. Acho que também sou dos clássicos. Diga-me com quem andas...