Dia dos pais: truques para deixar o prato arrumado
Por Rita Lobo - 29 de julho de 2019
Na semana passada, o tema da minha newsletter, que é enviada toda quinta-feira para os leitores cadastrados, foi o Dia dos Pais. E a repercussão foi tão bacana que decidi compartilhar também aqui no blog. Se você ainda não assina, olha só o conteúdo que está perdendo!
Há alguns séculos, comida de festa no Brasil era porco. Geralmente, à pururuca. Era o que havia de mais nobre, fosse para celebrar um casamento ou mesmo uma data religiosa especial. O que é comida de festa hoje em dia? Aí, depende. Se os anfitriões são veganos, o cardápio vai ser completamente diferente do menu de uma família de churrasqueiros, que nem mesmo no Natal abre mão de carne vermelha.
Não que eu esteja querendo supervalorizar o meu trabalho, mas sugerir cardápios para ocasiões especiais está cada vez mais difícil. Um não come carne, o outro detesta legumes, tem outro que é alérgico a frutos do mar, sem falar na turma que não come glúten. Acontece que o Dia dos Pais está aí, e o meu assunto é sempre a mesa.
Claro que tenho minhas preferências, mas não quero convencer ninguém a gostar de carne de cordeiro, por exemplo. O mais importante para mim é ajudar você a aproveitar essa data para ter uma experiência legal na cozinha, juntar a família ao redor do fogão e da mesa. E sabe qual a melhor receita para isso? A que você quiser.
Talvez, uma das diferenças entre a comida do dia a dia e a da comemoração não seja mais o alimento em si, mas a forma de apresentar o prato.
Digamos que na sua família todo mundo ame macarronada. Não sou eu que vou dizer para você preparar um risoto no Dia dos Pais. Mas a macarronada pode ir para mesa já empratada, em ninhos ou cachinhos, para não ficar exatamente igual à do domingo anterior.
A seguir, você vai ver ideias de montagens de pratos para se inspirar na hora de servir a receita que você quiser – no Panelinha há centenas delas! Mas, a minha equipe não resiste: no site tem um especial Dia dos Pais cheio de sugestões.
Se por um lado a ideia é estimular a autonomia, por outro, sabemos que muita gente precisa de ajuda para escolher. O especial é baseado nas receitas com maior audiência no fim de semana do Dia dos Pais dos anos anteriores. A partir dessas campeãs de audiência, montamos cardápios completos para o seu almoço em família.
Visite o Especial Dia dos Pais
Como montar o prato
Antes de criar novas montagens, é bom saber que, na forma clássica, imagina-se um relógio: a carne é o ponteiro das duas horas, o arroz ou as batatas, das dez horas, e os legumes, das seis horas. Em outra técnica, mais contemporânea, a comida é empilhada: em vez de colocar o purê de um lado e a carne do outro, o purê fica sob o medalhão, por exemplo.
Servir a comida empratada deixa a refeição mais arrumada. Mas também dá para caprichar na apresentação das travessas. Olha que jeito criativo de servir a paleta de cordeiro assada (foto que abre esta cartinha): ela vai à mesa numa tábua lindíssima de madeira; para ficar mais fácil de todo mundo se servir, uma já está desfiada – a outra, inteira, fica mais aquecida. E cada um ganha um potinho de molho para ele não umedecer a farofa no prato!
Do lado ou em cima - O bobó de camarão aqui aparece em três versões. Na opção vintage, o arroz é moldado e vai no meio do prato, cercado de bobó. Na clássica, é arroz e farofa de um lado, bobó do outro; para enfeitar, folhas de coentro. E na mais descolada, vai cada um no seu potinho.
Outro exemplo legal de montagens diferentes: o estrogonofe pode formar listras com arroz e batata palha. Ou ser servido dentro de um vulcãozinho de arroz, com a batata palha por cima. Pode ainda ser o recheio de uma batata assada. Ou ser acompanhado do purê, arrastado no prato.
Desenhado - Purê é um acompanhamento incrível, mas ele sempre pode dar aquela derrubada no visual do prato. Na hora de servir, em vez de apenas colocar uma colherada, use as costas da própria colher para 'pincelar' o purê no prato. Aí você pode acomodar as fatias de carne em cima e espalhar o molho sobre tudo. Olha que lindeza o rosbife abaixo!
Para deixar a apresentação mais contemporânea, o rosbife, o purê e os figos grelhados podem ser servidos em uma única travessa. É o caso também do lombinho. Você pode cortar em fatias uma parte da peça e manter a outra sem fatiar (para não esfriar), regar com o molho e servir na travessa com as frutas grelhadas.
Em camadas - Se escolher servir no estilo empilhado, pare um minutinho para pensar na ordem das camadas. A salada, bem fresquinha, vai por cima. Já o purê, cremoso, vai embaixo, formando a base da pilha.
Quibe assado, bem do dia a dia, fica vestido para festa com a salada fatuche servida por cima. O potinho para o molho à parte vai dentro do prato.
O salmão com crosta de ervas parece prato de restaurante servido assim, sobre o purê de banana, com o vinagrete de pepino por cima.
Na risca - Vai caprichar na finalização, como nesse maravilhoso risoto com couve-flor e sálvia fritas? Você pode salpicar por todo o prato ou arrumar assim, como uma faixa, em uma das laterais.
Ninho ou cacho - Na hora de servir macarrão longo, como espaguete ou talharim, seu melhor aliado é o garfão de churrasco. Quanto mais comprido, melhor.
Compre o garfão na Loja Panelinha
Ele molda ninhos ou cachos que deixam os pratos lindos. Para fazer os ninhos, enrole a massa com o garfão, usando uma concha como apoio, e transfira com cuidado para o prato. Olha que simpático servir três ninhos num prato... Esse ainda ganhou farofinha de pão.
Já para servir um cacho de massa, use uma colher de arroz de apoio para o garfão. Capriche nas folhas de manjericão, em lascas de parmesão, um fio de azeite para dar aquele brilho e pronto.