No Dia Internacional das Mulheres, todos pra cozinha

Hoje é o Dia Internacional das Mulheres e, claro, quero puxar a sardinha para a cozinha. Desde a instituição da data, no início do século passado, muita coisa já avançou na luta por direitos iguais na sociedade. Mas na cozinha, aqui no Brasil, ainda estamos bem longe do ideal – a presença dos homens entre o forno e o fogão é bastante tímida de acordo com o IBGE. As pesquisas mostram que os afazeres domésticos continuam sob a responsabilidade da mulher – da mãe, da avó... Fica muito pesado para uma pessoa só.

Sem a divisão estruturada de tarefas, é difícil garantir comida de verdade na mesa. Não é à toa que as famílias estão trocando a comida caseira por comida pronta industrializada, cheia de aditivos químicos e com sal, açúcar e gordura em excesso.

O problema é que o aumento do consumo desses produtos ultraprocessados está diretamente ligado ao crescimento dos índices de obesidade e das doenças correlacionadas na população.

A minha parte nessa discussão sobre direitos é especialmente focada nas tarefas relacionadas à alimentação. É por isso que não canso de repetir que a alimentação não é um assunto da dona de casa: é da casa!

Isso inclui levar para perto do fogão não apenas o marido, mas também os filhos. Por hábito, cultura ou falta de tempo, eles acabam muitas vezes crescendo longe das cozinhas, das feiras, do mercado, apartados de um conhecimento que é fundamental para que tenham uma vida saudável.

Hoje, inclusive, pode ser um bom dia para começar a treinar a cozinha a quatro mãos, a seis, com todas as mãos da casa. Em pouco tempo, o que parecia um luta vai virar um programa do casal, da família.