Dia da Mentira
Por Rita Lobo - 31 de março de 2008
Só para brincar, decidimos aproveitar este 1º de abril para falar umas mentirinhas na home page do site. Então, bolo de chocolate não engorda, pizza também não, goulash fica pronto em 5 minutos e crianças vão adorar a nossa receita de tofu com gengibre ralado. Se bem que, esta última, tenho lá minhas dúvidas se é mesmo mentira.
No sábado passado, meu irmão deu um pulo em casa antes de ir ao Cirque du Soleil. Na hora de sair, receoso de magoar meus filhos, que provavelmente iriam gostar do programa, decidiu dizer que estava indo à ópera. Óbvio que as crianças não iriam querer assistir a uma ópera! “Mas, mamãe, o que é ópera?”
Achei mais fácil colocar um CD do que tentar explicar. Peguei uma dessas coletâneas de árias famosas interpretadas por grandes cantores. Box at The Opera Anthology é o nome dela. Escolhi um dos três CDs aleatoriamente, coloquei no aparelho de som e meu irmão saiu de fininho.
Meus filhos ficaram quietinhos por alguns instantes. “Que língua eles estão falando?”, foi a primeira pergunta. Era italiano. Gabriel queria saber se havia alguma ópera em inglês e por que aquela era em italiano. E, assim de bate e pronto, respondi que achava que era Verdi. Ele ficou com o olhar fixo em mim, esperando uma resposta melhor. Dora, no auge da sabedoria de uma criança de 3 anos, interveio: “Gabriel, Ver-di, a-ma-re-lo, a-zul, ro-sa, entendeu?”
Eu cai na risada. Mas os dois continuaram sérios, seriíssimos. E, para a minha total surpresa, permaneceram atentos à música até o fim da primeira ária. E depois ouviram a próxima, e a próxima, até que na última faixa do CD, seguido de um “brrravo”, vieram as palmas. Da gravação, e dos meus filhos.
Parece mentira, mas não é. Aliás, graças à mentirinha do meu irmão, neste fim de semana talvez tenha brotado nos meus filhos o gosto pela ópera, que, provavelmente, nenhum discurso, por mais verdadeiro que fosse, poderia despertar. Agora só falta eles me pedirem tofu em vez de batata frita. A valer pela ópera, não custa oferecer.
No sábado passado, meu irmão deu um pulo em casa antes de ir ao Cirque du Soleil. Na hora de sair, receoso de magoar meus filhos, que provavelmente iriam gostar do programa, decidiu dizer que estava indo à ópera. Óbvio que as crianças não iriam querer assistir a uma ópera! “Mas, mamãe, o que é ópera?”
Achei mais fácil colocar um CD do que tentar explicar. Peguei uma dessas coletâneas de árias famosas interpretadas por grandes cantores. Box at The Opera Anthology é o nome dela. Escolhi um dos três CDs aleatoriamente, coloquei no aparelho de som e meu irmão saiu de fininho.
Meus filhos ficaram quietinhos por alguns instantes. “Que língua eles estão falando?”, foi a primeira pergunta. Era italiano. Gabriel queria saber se havia alguma ópera em inglês e por que aquela era em italiano. E, assim de bate e pronto, respondi que achava que era Verdi. Ele ficou com o olhar fixo em mim, esperando uma resposta melhor. Dora, no auge da sabedoria de uma criança de 3 anos, interveio: “Gabriel, Ver-di, a-ma-re-lo, a-zul, ro-sa, entendeu?”
Eu cai na risada. Mas os dois continuaram sérios, seriíssimos. E, para a minha total surpresa, permaneceram atentos à música até o fim da primeira ária. E depois ouviram a próxima, e a próxima, até que na última faixa do CD, seguido de um “brrravo”, vieram as palmas. Da gravação, e dos meus filhos.
Parece mentira, mas não é. Aliás, graças à mentirinha do meu irmão, neste fim de semana talvez tenha brotado nos meus filhos o gosto pela ópera, que, provavelmente, nenhum discurso, por mais verdadeiro que fosse, poderia despertar. Agora só falta eles me pedirem tofu em vez de batata frita. A valer pela ópera, não custa oferecer.