Café da manhã

Café da manhã
Compartilhe

Por Rita Lobo - 03 de dezembro de 2007


Precisei de quase uma semana para desintoxicar e entender que o meu vício até que é bom para mim. Nos primeiros dois dias fiquei lesada, mas dormi muito bem à noite. Nos dias seguintes, apenas um leve desanimo. Sábado, um acidente de percurso. Tinha uma conversa de trabalho, bem informal, marcada para as 18 horas. Acontece que minha amiga E. veio do Rio com a família e nós fomos almoçar. Vinho espumante para começar, um tinto leve, pinot noir, para acompanhar o prato principal e Porto depois da sobremesa. Alegria instaurada. O almoço se estendeu até a hora da reunião. E por mais informal que ela fosse, não dava para chegar naquele estado. Café. Duas xícaras de café. Puro. Não é isso que se faz?

A conversa foi bem, obrigada. Voltei para casa, coloquei meus filhos para dormir e fiquei fazendo companhia para a minha insônia a noite toda.

No dia seguinte, domingo, pude dormir até mais tarde. Mas acordei sonhando com um café. Ou melhor, um cappuccino. E, por favor, não imagine que estou me referindo a essas misturas estranhas de leite em pó, café solúvel e bicarbonato de sódio. Nem muito menos a essa moda de café com leite e pedaços de chocolate no fundo da xícara (pelo menos não em jejum e sem TPM). E não me venha com canela no meu café! Acordei com vontade de tomar uma dose de café expresso com o triplo de leite bem, mas bem cremoso. Em outras palavras, um cappuccino.

Será que uma dose de cafeína pela manhã poderia tirar o meu sono à noite? Decidi fazer o teste. Não, não pôde. E, de verdade, acho que passei o dia com mais disposição. Fiz as pazes com o café. Ainda não são 10 horas da manhã. Vou tomar o meu cappuccino. Talvez um latte para variar.