Alimento de mãe

Como o Dia das Mães está chegando, fico à vontade para dar uma de mãe. Ou seja, ficar falando dos filhos! Mas as crianças fazem coisas engraçadas. E dizem também. A Dora foi para uma fazenda e, de manhã, já estava apressada: “Vamos logo, tenho que dar leite para a vaca!” Menina de cidade não está mesmo acostumada a tirar leite da vaca.

Eu acho muita graça nessas coisas de criança. E curto muito ver o crescimento deles. Acho que sou atenta. Este ano, a Dora está sendo alfabetizada. Ela escreveu “mamãe” num papelzinho e me deu de presente. Acha que eu mandei emoldurar ou não? Aliás, sou meio maníaca por enquadrar as coisas deles. Desde aquele papel com a palma da mão estampada, trabalhos de escola, desenhos, colagens e até um pedaço de ferradura, pois foi o Gabriel que encontrou num pasto. É como se fosse um registro do momento.

Ontem, o moldureiro entregou uns quadrinhos novos. Os meus filhos adoram desenhar listras. Acho que toda criança gosta. Selecionei alguns, de várias épocas, e fiz um grupinho na parede do meu quarto. Pendurei ontem mesmo. E hoje foi a primeira coisa que vi quando abri os olhos.

É verdade que nada disso tem a ver com comida, que é o nosso assunto aqui. Mas falar dos filhos também alimenta. E para educar, mostrar os caminhos, dar bronca, ser firme, dizer não, mesmo com um dorzinha no peito, nós, mães, precisamos estar bem nutridas do nosso amor materno.