Falsos vilões: farinha de trigo

Encerrando essa nossa semana em que redimimos pseudo vilões, vamos falar da farinha de trigo - e o que está por trás dela: o glúten. Ele está presente em cereais como trigo, aveia e cevada, que são a base para alimentos como pães, massas e bolachas.

É ele que dá elasticidade à massa de pão, por exemplo. Quando a massa cresce, ele a impede de romper, formando os lindos alvéolos dos pães feitos com tempo e capricho.

Para quem tem alergia, intolerância ou doença celíaca (uma condição autoimune em que o sistema imunológico confunde substâncias encontradas no glúten, causando um processo inflamatório), o glúten é um supervilão e deve ser cortado. Quanto a isso não há discussão.

E a popularidade dos alimentos sem glúten ganhou força à medida que o diagnóstico de celíacos passou a ser feito com mais precisão. Ainda bem.

Mas boa parte dessa moda dos "sem glúten" vem da promessa de que eliminar essa proteína da sua alimentação vai deixar você mais magro, mais saudável, mais inteligente - mesmo se você não tem nenhum tipo de restrição ao glúten.

Muitos dizem inclusive que essa mania já beira a paranoia, que pode minar o hábito tradicional de sentar à mesa e ter prazer comendo e afastar da mesa preparos que integram a nossa cultura alimentar.

Para quem precisa (ou prefere) riscar o glúten da dieta, o Panelinha tem receitas sem glúten e com gosto.

Foto: Estúdio Panelinha / por Ricardo Toscani