Ouro amarelo

Você já parou para pensar o que seria da festa junina sem o milho verde? Praticamente não ia ter comida! Isso porque, além do próprio milho cozido, as quermesses e "arraiás" Brasil afora costumam servir canjica, pamonha, bolo de fubá, canjiquinha salgada, curau... tudo feito com ele.

Não é à toa que as tradicionais festas juninas do nordeste costumavam coincidir com a safra do milho. Era preciso uma festança e tanto para comemorar tantos grãos — e um bocado de receitas deliciosas nas quais usá-los. Mas você sabe escolher o tipo de milho ideal para cada preparação?

Para consumir em saladas, assado ou o tradicional milho verde cozido, prefira o milho com os grãos mais novos, de cor amarelo bem clarinho. O milho cozido perfeito tem seus truques. Coloque uma colherinha de açúcar na água quando já estiver fervendo e só então coloque o milho, que deve cozinhar de 20 a 30 minutos. Só salgue depois de pronto.

Já para receitas de curau, pamonha e mingau, o milho deve ter o grão mais velho, de cor amarelo vivo. Ah, lembre-se de que a canjica doce é feita com aquele milho praticamente branco, chamado no nordeste de mungunzá. Ele tem esta cor porque não tem casca. E o milho usado para a canjiquinha salgada (ou quirera), nada mais é do que o próprio grão triturado.

E já que a onde é a do milho, aproveite seu próximo churrasco para experimentar o milho grelhado: retire a palha, pincele com manteiga derretida, se quiser, pingue umas gotinhas de limão e deixe grelhar por cerca de 20 minutos. E dentro da própria palha, o milho também pode ser assado. Coloque-o diretamente na grade do forno preaquecido a 220º C e asse por cerca de 25 minutos.

Foto: Charles Naseh