Drinque: Caipirinha

Sabe qual é uma das primeiras palavras que um turista aprende em português? Sim, caipirinha, nosso drinque ‘oficial’. Mas já é um bom começo. Para um estrangeiro recém-chegado ao país, deve ser um alívio poder tomar uma caipirinha decente e in loco — e não com as cachaças tipo exportação que chegam aos bares gringos.

Dizem que a capirinha nasceu de uma receita caseira para curar gripe espanhola — e esta não seria a primeira vez que uma bebida alcoólica se passa por remédio (vide a gim tônica, que, dizem, servia pra combater a malária).

A receita é simples, e o modo de preparo, um tanto rústico. Dá pra fazer na coqueteleira ou direto no copo. A segunda forma é mais rústica e fácil. Vai lá:

Capirinha clássica de limão
Por porção
Tempo de preparo: pá pum

Ingredientes

1 limão taiti
1 dose de cachaça
2 colheres (chá) de açúcar
pedras de gelo

Modo de preparo

Com uma faca, remova as extremidades do limão. Corte em quatro e depois ao meio, para ficar com oito pedaços. Coloque no fundo do copo, adicione o açúcar e amasse com um pilão (se não tiver, um cabo de faca de madeira também resolve). Cubra com gelo inteiro ou picado grande. Despeje a cachaça e beba em seguida.

Saiba mais

- Cachaça branca ou amarela? Vai do gosto, mas, para uma caipirinha clássica, uma branca vai melhor.

- Se trocar a cachaça por vodca, nas mesmas proporções, você estará fazendo uma caipirosca. Se trocar por rum, o nome é caipiríssima. Também há quem troque por saquê, mas essa fica por sua conta e risco.

- Outras frutas ácidas também funcionam no drinque (outros tipos de limão, carambola, maracujá, framboesa, amora etc), embora a rigor não se trate mais de uma caipirinha. Cuidado com limão galego, que amarga rápido no copo.

Texto de Antonio Farinaci. Além de ser um charme, ele é o colunista de drinques do Panelinha e, às sextas, assina um post aqui no Pitadas. Aos domingos, apresenta com Rita Lobo e a equipe do site o programa Panelinha na Rádio Estadão.