Cravo-da-índia

Apesar do nome, o cravo não tem origem indiana. É o botão de uma pequena flor que brota em uma árvore nativa das Ilhas Molucas, ou Ilha das Especiarias, na Indonésia. Essa especiaria tem aroma doce e penetrante, e seu sabor é levemente amargo e quente. Encontrado na versão integral (em dentes) e em pó, o cravo deve ser usado com cuidado, pois tem o sabor muito potente — é mais fácil dosá-lo com cravos inteiros do que em pó. Entra em doces diversos, preparações salgadas e é essencial no preparo de um bom caldo caseiro, seja ele de carne, de frango ou de legumes.

Cravo-da-índia
origem

Ilhas Molucas, Malásia e Zanzibar.

COMBINAÇÕES DE SABOR

O cravo tem um sabor tão potente e característico que precisa de companhia para ficar mais equilibrado. No Brasil, é par constante da canela, e casa muito bem com gengibre. Combina com várias frutas, principalmente as cítricas, mas em particular com maçã e pêssego, que têm o mesmo composto que dá sabor ao cravo: o eugenol. É ótimo para aromatizar compotas e indispensável no preparo de caldos caseiros. Entra em receitas com carne e fica bom especialmente com porco — pense no tender de Natal, todo cravejado. No arroz básico, um único dentinho de cravo muda tudo. Ele é surpreendente. Vai bem com repolho, abóbora, cebola... A cebola cravejada, inclusive, é ótima para temperar sopas, risotos, ensopados e até arroz.

PELO MUNDO

Por aqui, o cravo vai com a canela em doces tradicionais, como canjica e ambrosia. Em países europeus e nos Estados Unidos, entra em bolos, biscoitos e compotas. No Oriente Médio e no norte da África, aromatiza cozidos substanciosos com carne. Na Índia, perfuma chutneys, curries e receitas com arroz. É ainda ingrediente essencial em diversas misturas de especiarias, como o garam masala indiano, as quatre épices francesas, o ras el hanout, típico do Marrocos, e as cinco especiarias chinesas.